segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Four season in one day

Amor

Olhar e sorrir, lembrar e sorrir, acordar e sorrir.
"Tudo" faz você sorrir.
Sinto falta disso, principalmente hoje.
Não pelo dia, pelo ano, pela estação; por nada externo, porque essa saudade é interna.
Já senti essa falta, mas em forma de pessoa. Ultimamente ela tem sido pelo sentimento em si. Da forma que o amor me influencia, do jeito de pensar ao jeito de agir, e também, ao de imaginar.
Imaginar uma família, uma vida, onde você acaba sendo muito mais do que aquilo que você deseja ser. Porque você não está (pelo menos não deveria) sozinho.
Por exemplo, eu ainda lembro como era, quando só olhando, eu já me sentia maior. Porque não estava sozinho.
Pelo menos eu sentia "isso", não sei traduzir exatamente o que era isso, mas era algo que fazia de tudo a minha volta mais exagerado, mais "cheio de vida", mais agradável.
Que tipo de mecanismo social em prol da perpetuação da espécie é esse? Que te deixa bobo, a beira de uma explosão?
Uma explosão de sentimentos, porque tudo se mistura, você com o seu "par", sem contar no choque de gostos, idéias, sonhos, desejos, problemas e traumas.
Também lembro de um "manto" de desconforto que me cobria assim que não tinha mais um contato direto. Uma dor latente, fraca e constante, que só parava quando o contado direto era reestabelecido. I mean, que diabos é isso?
Eu hein.
E o pior, isso faz falta.
Vejo que o fator mais inconfundível é esse, o de juntar as quatro estações em um dia, todo o caos que envolve o amor. Chuva, sol, seca, trovões, ventania, tempo nublado, tudo!
E você fica lá no meio, como que maravilhado com isso, com toda essa confusão, acho impossível não gostar disso.
Talvez isso também seja uma das coisas que sinto falta.

Ter a carne fraca é uma merda, carne fraca para carinho, para proximidade.
As interpretações são muitas e as certezas são bem poucas.

Eu, como um homem, tenho o sonho de ter filhos.
Aquilo que escrevi ali em cima, sobre o de "Olhar e sorrir, lembrar e sorrir, acordar e sorrir.", como isso seria com uma família, uma família que você construiu?
Já cheguei a me sentir pequeno comparado com o tamanho sentimento que eu direcionava a uma pessoa.
Agora, como seria com mais pessoas, com os filhos?
Eu vi e ouvi certas façanhas a respeito do que esse amor pode fazer.
Mas como deve ser sentir-los?
Penso muito nisso as vezes.
Em tudo aquilo que eu faria, que sentiria.



Tá bom por hoje.





Foi muito interessante, e bem tenso, escrever sobre isso. Lembrar de algumas coisas, dessa confusão que rolava dentro da minha cabeça. Mas é complicado, porque as vezes você lembra de coisas que pensava ter esquecido, sem contar as que queria ter esquecido.
E hoje o jeito que eu arranjei pra passar foi escrevendo.
Confuso, mas foi o jeito.


"But we wont be saved, we’ll live as slaves to love
What god takes away, let’s refill all the holes with mud
Purchase your ticket
I’m kicking your crosses down

I fix myself up nice but you never came
The words rolled off our backs and sound the same
I’ll be waiting...
I hope that it’s worth it but I’ll never know"

-Circa Survive - Kicking Your Crosses Down-

sábado, 16 de janeiro de 2010

When hells break loose

O que mantem alguem inteiro, quando tudo a sua volta desmorona?
A cada perda que vejo, percebo ou escuto, essas pessoas se prendem a uma crença, naquelas onde o corpo (ou até mesmo os sentimentos), a matéria não importa, onde ele é pequeno, comparado com um "bem" maior, com uma entidade maior, com uma coisa acima de nós, acima de tudo.
Como se ela podesse simplesmente apagar nossa dor, pelo tamanho dessa "força", que, como disse, é maior que tudo, maior que todos, até de nossos sofrimentos.

Isso me soa muito estranho, mas quem garante que eu mesmo um dia não faça isso, para fugir de uma dor intensa, para acreditar que tudo será recompensado, ou algo próximo disso, e que assim consiga seguir com minha vida, com um pouco menos de dor, de sofrimento.

Também acredito que como muitas arranjar essas "muletas", muitas também conseguem seguir, sozinhas, pelo caminho tortuoso que é o "pré-cura", por mais que essa cura nunca aconteça de uma forma plena, pois acredito que na verdade nos acostumamos a dor, de uma forma onde ela pareça não existir mais.









então, foi uma vontade subta de escrever, assim.
e tudo foi possivel gracas a thamires, que me forneceu os acentos necessarios.
agora eles estao faltando, porque eu cansei de ficar copiando e colando, serio, cansa.
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