quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Soneto da Fidelidade


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive);
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

MORAES, Vinicius de. Obra poética. Rio de
Janeiro : Aguilar, 1968. p.247.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


essa imagem inteira é muito boa : https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4xWz1ICL1WLFt_PCQkzJCVtWEO92yUM0e6nR4sByqqCy8_U22C3qNAGisfvFjeaa95__bIkBlmxAxfXSWvwBnwHdNbYpR56glGub_m-1Q7AxbbtGAKg4J5yhqDkdmX4D3Xyzh8kmSYKd5/s1600-r/terra.jpg

desktop do pc do escritório, fato.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

When did you become so cold?


Depois que tudo fica corriqueiro, normal, típico e habitual, nada mais incomoda, a não ser um extremo.
Hoje mesmo, vi uma pessoa passando chorando pela rua, e só essa emoção expelida de forma máxima que acabou mexendo comigo. Com aquela cara de decepção, de que tudo deu errado, quando parecia ser tão certo.
Agora eu penso se foi porque eu saiba como é isso, por ter me visto ali, no lugar dele.
Talvez só quando você sabe como é, você sente.

Que crosta é essa que se forma quando não nos surpreendemos com mais nada?
Tenho uma idéia do que é, porque sei que tenho essa crosta, bem delineada e junta ao meu corpo.
De uma forma me sinto desconfortável com isso, mas bem por saber do que se trata e não ter vergonha de ser, de certa forma, um indolente social.
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